domingo, 30 de agosto de 2009

Encontros 5 e 6 – Afonso Cláudio





RELATÓRIO
22 de agosto de 2009


MANHÃ – UNIDADES 15 e 16

No encontro anterior, eu havia avisado que assistiríamos ao filme “Narradores de Javé” na data de hoje, e perguntei se preferiam fazer isso pela manhã ou à tarde. A maioria preferiu a tarde, então eu planejei cumprir as unidades 15, 16 e 17 nesta manhã. Mas não foi possível, como se verá. Eu tinha também algumas questões de provas de concurso para nível médio. Eu tinha me comprometido a apresentá-las, devido à fala pessimista de um cursista no encontro passado. Nesta data, entretanto, ele não estava presente, e eu, então, protelei essa discussão para o próximo encontro.

Iniciamos o encontro às 8:15h, com comentários e observações sobre o que se estudou em casa.

Às 8:30h, demos início aos relatos de experiências com as atividades intituladas Avançando na Prática. Diferentemente da primeira parte, todos quiseram falar, contando o que fizeram. Alguns demonstraram bastante entusiasmo pelos resultados, o que levou outros colegas a expor suas angústias. As realidades são muito diversas: escolas nada flexíveis quanto ao cumprimento do programa; turmas desmotivadas, cortejando a evasão; uma turma de sétima série tem nove alunos, e são todos rapazes; outra tem alunos de 18 a 29 anos, dentre os quais alguns são semialfabetizados. Há também professoras usando as atividades com o Ensino Médio, e outras poucas com as séries iniciais.

Recomendei que as atividades fossem adaptadas para cada realidade. Às vezes será necessário utilizar textos diferentes dos propostos nos TPs, com assuntos mais relacionados aos interesses e à realidade de cada turma.

Quanto ao programa, lembrei-lhes que os conteúdos em Língua Portuguesa não precisam seguir uma sequência linear. Assim, é possível incluí-los nas atividades propostas pelo Gestar, ao invés de considerar estas últimas como mais uma meta a cumprir em sala de aula.

Foi um momento muito rico, em que os cursistas puderam aprender uns com os outros, e em que eu também pude dividir com eles um pouco do muito que experimentei e aprendi, em mais de vinte anos de docência.

Foi rico, mas também foi demorado. Eu não quis interromper, porque foi a primeira vez em que a turma mostrou-se tão entusiasmada para compartilhar. Quando não havia mais ninguém com vontade de falar, eu compartilhei com a turma a minha preocupação com o nosso atraso, a avaliação positiva que eu fazia daquele momento e sugeri que, nas próximas vezes, cada um selecione – da sua experiência – aquilo que pode contribuir para a discussão, a reflexão e o crescimento do grupo, evitando relatos que visem apenas à comprovação do cumprimento das tarefas. Essa comprovação vai se dar, de qualquer forma, por meio da entrega dos relatórios que comporão o portfolio de cada um.

Às 10 horas, saímos para um rápido café e, às 10:15h, utilizando slides, iniciamos nossa conversa sobre os objetivos da unidade 15 e sua teoria, e partimos para a leitura do texto “Admirável Mundo Louco”, de Raquel de Queiroz, fazendo os comentários precedentes.

A atividade que propus foi a classificação das perguntas apresentadas sobre o texto e a discussão da pertinência da atividade 9a.

Às 11horas, também com slides, passamos para a unidade 16, e realizamos em grupo a leitura dos textos de Gabriel, o Pensador; Leo Cunha; Lygia Fagundes Telles; Lygia Bojunga Nunes, bem como o texto teórico da página 165 do TP4, que trata das crenças sobre a produção escrita. A discussão seguinte foi: “Em qual dessas crenças eu me encaixo?” Durante as falas dos participantes, foi levantada a necessidade de a escola oferecer situações diversas para a produção de textos, que se aproximem das necessidades sociais.

Então, correndo contra o tempo, às 11:45h lemos o texto e as questões propostas pela atividade 7, na página 185 (Profetas do sertão miram horizonte para farejar chuva).

Em seguida, com um pequeno atraso, saímos para o almoço.


TARDE – NARRADORES DE JAVÉ E UNIDADE 17


Narradores de Javé é um filme muito interessante, mas a maioria de nós só consegue levantar questões educativas e sociais numa segunda vez que assiste a um filme – qualquer que seja ele. Assim, seguindo o caminho inverso, fizemos, antes do filme, a leitura da resenha de Antônio Gil Neto, e cantamos o poema de Ferreira Gullar, “Traduzir-se”, às 13:10h.

13:30h, exibição do filme “Narradores de Javé”.

O filme foi um sucesso. Tecemos comentários gerais sobre ele e depois levantamos algumas possibilidades pedagógicas.

Às 15:40h demos início à unidade 17. Dividimos os personagens para a leitura do texto “cada um é cada um”, da Folha de São Paulo, pág. 15 do TP5.

Discutimos, em seguida, aspectos relacionados à repetição e lemos os textos das páginas 29 (Berimbau) e 32 (indo à sala de aula).

A atividade seguinte foi muito interessante: a produção, em grupo, de um texto com palavras pouco comuns (muxuango, hermeneuta, vituperado, defenestração, perfunctório, falácia, ignóbil, sibilino, uxoricídio e apoplexia). Socializamos as produções, lemos os texto “Palavras são palavras” (p. 36) e levantamos variações possíveis de uso da atividade na escola.

A tarde chegava ao final, e encerramos o encontro identificando as ocorrências de discurso indireto livre no texto “Nunca é tarde, sempre é tarde” (p. 43).

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