sábado, 1 de agosto de 2009

RELATÓRIO – Encontros 3 e 4 – Afonso Cláudio

SEDU – ES
SRE Afonso Cláudio

Gestar II – Língua Portuguesa

Formadora: Professora Elisa Alves

RELATÓRIO

25/07/09, de 08h às 12h – Encontro 3 (unidades 11 e 12)


O encontro começou com os grupos apresentando o resultado final, em slides, dos textos minimalistas que criaram na data anterior. Os ritmos explorados foram: rock, bolero, funk e samba. Foi interessantíssimo. Um espetáculo de cores, som e criatividade.

Em seguida, iniciamos os comentários sobre os estudos feitos em casa. Houve poucos, o que se configurou como um sinal de que ou não houve estudo em casa, ou o material está todo muito claro.

Passamos, então, aos relatos do que foi posto em prática nas escolas. Ao contrário da expectativa, pouquíssimas pessoas se manifestaram: foram três relatos completos e dois de atividades que ainda não haviam sido concluídas. A turma admitiu que não teve condições de realizar nenhuma atividade na escola. Parece que o fechamento do 2º bimestre e o recesso escolar foram a explicação mais palpável.

Entretanto, um dos portfolios apresentados nos deixou impressionados. A partir dos textos sugeridos no encontro anterior (“O Operário em Construção” e “Construção”) uma professora realizou uma atividade com suas turmas, sobre o tema “trabalho”. O que nos impressionou foi a quantidade de textos que ela utilizou para isso. Como forma de ampliar ao máximo o alcance de visão de seus alunos ela incluiu fábulas, contos, artigos e outros tantos gêneros para a leitura de seus alunos e o desenvolvimento do projeto. Seu relato circulou entre o grupo, servindo de ânimo e motivação para todos.

Dessa forma, passamos às atividades previstas para a oficina.

Primeiramente, houve uma breve introdução dos assuntos das unidades 11 e 12, a título de apanhado geral de leitura. Fizemos a seguir a atividade 4 da unidade 12 sobre trecho de crônica de Luiz Fernando Verissimo. Discutimos as respostas e foi muito interessante a conclusão de que a nomeação das sequências num texto não é exata, bem como os comentários sobre como explorar esse tipo de atividade em sala de aula.

Depois disso, num momento de prazer, lemos os depoimentos de Luiz Vilela e de Lygia Fagundes Telles sobre o ato de escrever, com os devidos comentários dos participantes.

E para encerrar o encontro, a atividade seguinte baseou-se no exemplo dado no início da unidade 12, a saber, o cartão postal e a carta de solicitação, escritos pela mesma pessoa em situações diferentes. Fizemos assim a atividade 7, na página 161, elaborando textos diferentes – porque o suporte é diferente – para tratar do mesmo assunto, com a mesma pessoa. A apresentação dos textos foi um momento de descontração, e saímos para o almoço.


25/07/09, de 13h às 17h – Encontro 4 (unidades 13 e 14)


Como na parte da manhã, já havíamos esgotado os relatos do “Avançando na Prática”, iniciamos o encontro com a reflexão sobre as práticas de escrita de cada um, proposta na atividade 1 da unidade 11. Ligamos nossos depoimentos aos de Patativa do Assaré e Paulo Freire e discutimos o conceito de letramento.

Para nos animar, pelo horário logo depois do almoço, cantamos a música Baião, de Luiz Gonzaga, e nos dividimos em grupo para realizar a atividade seguinte: planejar brevemente uma aula, utilizando o texto indicado para preparar os alunos para a escrita; transcrever as habilidades que serão enfatizadas na aula. Esse planejamento foi feito a partir da escolha de um dos seguintes textos:

Baião – música de Luiz Gonzaga
Soy loco por ti, America – Cartaz do Brasilia Shopping
Você lembra, pai? – texto de D. Munduruku
Herança africana – artigo da Folhinha de São Paulo
Nossas Cidades – texto de L. Lobo
Cidadezinha qualquer – poema de C. D. Andrade

Findo o tempo estipulado, cada grupo apresentou sua aula. As ideias foram excelentes, bem criativas, nada monótonas e, embora alguns grupos tenham escolhido o mesmo texto, não houve coincidências de procedimentos metodológicos.

A discussão foi, em certo momento, acalorada pelo comentário angustiado de um dos cursistas. Ele disse: “Tudo isso é muito bonito, muito bonito, mesmo. Mas nossa realidade nessas escolas de interior é muito dura. Nossos alunos deixam a escola por causa do trabalho duro na roça. E estudar a gramática ainda é importante, sim, porque ela é cobrada nos concursos.”

Esperei que todas as aulas fossem apresentadas e reiterei a necessidade de olharmos além dos problemas. É preciso canalizarmos nossas energia para a busca de soluções! Comprometi-me a levar para o próximo encontro questões de português presentes nos concursos atuais, para ilustrar o quanto o uso da língua tem sido muito mais importante do que o conhecimento gramatical e citei o escritor Érico Verissimo, para lembrar que é nosso papel manter acesa nossa luz.

A tarde chegava ao fim e comentamos coletivamente a atividade 3 da unidade 14, para lembrar que as interpretações são abertas, mas que nem tudo é aceitável; indo depois para o texto “A cidade”, de Millôr Fernandes, para falar sobre a importância do conhecimento prévio.

A última atividade foi uma avaliação escrita do encontro e do curso como um todo.

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