segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Relatório Afonso Claudio 24/10

Encontros 9 e 10


MANHÃ – UNIDADE 20

A primeira atividade da manhã, às 8:20h foi a troca, o compartilhamento do que tem sido feito nas escolas. Eu também compartilhei como foi a segunda etapa da minha própria formação, em Vitória, que havia acontecido há alguns dias.

Expliquei também que podíamos encaminhar os trabalhos com mais calma, sem perseguir a meta de sempre duas unidades em cada encontro – uma vez que um dos pontos negativos apresentados numa avaliação tinha sido justamente o ritmo do estudo – pois o número de encontros será suficiente para que nos aprofundemos nas questões que considerarmos mais prementes.

Foi justamente o caso da coesão e da coerência.

Retomamos esse tema com a realização de uma proposta de produção de texto coletivo em etapas, que eu havia elaborado para uso em sala de aula há alguns anos. Cada cursista recebeu, num papel, a orientação para elaborar um texto de, pelo menos, 10 linhas, criando um evento inusitado na vida de uma pessoa adulta cujo nome eu já defini (1º caso) ou descrevendo esse mesmo personagem. Explicando melhor: a pessoa de número 1 deve narrar um acontecimento inesperado na vida de João, por exemplo. O número 2, sem saber o que faz o número 1, deve descrever João, física, psicológica e emocionalmente. Os números 3 e 4 farão o mesmo, só que com personagens femininas. Quando seus textos estiverem prontos, cada um é orientado a procurar o número que completa o texto de seu próprio personagem. Assim, 1 e 2 se encontram e devem reunir seus textos. O mesmo para 3 e 4. Depois, essas duas duplas também devem se reunir e escrever o último texto, que será a reunião de tudo o que produziram, gerando um encontro entre os dois personagens: o homem e a mulher. Vejamos o esquema:



O texto final, então, foi produzido por quatro pessoas – embora no início cada qual começasse a escrever sozinho, de acordo com a tarefa que recebeu. Vamos conferir as orientações:


Nº 01 1ª atividade
Você vai criar, agora, um momento na vida de um personagem. Pegue seu caderno e escreva. Seu personagem é um homem adulto que se chama Abelardo. O que você deve fazer é contar o dia em que ele viveu algo muito interessante na rua. É preciso que seja um fato estranho e inesperado, totalmente incomum. Resolva também em que dia da semana isso aconteceu e a que horas. Para essa narração você deve gastar, no mínimo, 10 linhas.


2ª atividade
Quando você terminar a 1ª atividade, deve procurar o número 02. Depois, vocês dois (ou duas) devem ir até o envelope B e pegar o próximo passo (apenas um papelzinho para duas pessoas).



Nº 02 1ª atividade
Você vai criar, agora, um personagem. Pegue seu caderno e escreva. Seu personagem é um homem adulto que se chama Abelardo. O que você deve fazer é dar-lhe vida: como ele é fisicamente? Como é sua personalidade? Do que ele gosta? O que faz no seu dia-a-dia? Para criar esse personagem, você deve escrever, pelo menos, 10 linhas.


2ª atividade
Quando você terminar a 1ª atividade, deve procurar o número 01. Depois, vocês dois (ou duas) devem ir até o envelope B e pegar o próximo passo (apenas um papelzinho para duas pessoas).



Nº 03 1ª atividade
Você vai criar, agora, um momento na vida de um personagem. Pegue seu caderno e escreva. Seu personagem é uma mulher adulta que se chama Rosalina. O que você deve fazer é contar o dia em que ela viveu algo muito interessante na rua. É preciso que seja um fato estranho e inesperado, totalmente incomum. Resolva também em que dia da semana isso aconteceu e a que horas. Para essa narração você deve gastar, no mínimo, 10 linhas.

2ª atividade
Quando você terminar a 1ª atividade, deve procurar o número 04. Depois, vocês dois (ou duas) devem ir até o envelope B e pegar o próximo passo (apenas um papelzinho para duas pessoas).


Nº 04 1ª atividade
Você vai criar, agora, um personagem. Pegue seu caderno e escreva. Seu personagem é uma mulher adulta que se chama Rosalina. O que você deve fazer é dar-lhe vida: como ela é fisicamente? Como é sua personalidade? Do que ela gosta? O que faz no seu dia-a-dia? Para criar esse personagem, você deve escrever, pelo menos, 10 linhas.

2ª atividade
Quando você terminar a 1ª atividade, deve procurar o número 03. Depois, vocês dois (ou duas) devem ir até o envelope B e pegar o próximo passo (apenas um papelzinho para duas pessoas).

[no envelope B, o próximo passo é o seguinte:]
B 1 e 2
1ª atividade
Agora, vocês vão juntar seus dois textos e fazer um só. Para isso, talvez seja necessário escrever um pouco mais. Pode ser também que alguns trechos tenham que ser substituídos, modificados. Agora, é proibido jogar qualquer pedaço fora sem pôr nada no lugar, tá? Mãos à obra!


2ª atividade
Agora que seus dois textos são um só, vocês vão procurar os nos 3 e 4 e, depois, vão ao envelope C pegar o próximo passo (um papelzinho para os quatro).


B 3 e 4
1ª atividade
Agora, vocês vão juntar seus dois textos e fazer um só. Para isso, talvez seja necessário escrever um pouco mais. Pode ser também que alguns trechos tenham que ser substituídos, modificados. Agora, é proibido jogar qualquer pedaço fora sem pôr nada no lugar, tá? Mãos à obra!


2ª atividade
Agora que seus dois textos são um só, vocês vão procurar os nos 1 e 2 e, depois, vão ao envelope C pegar o próximo passo (um papelzinho para os quatro).

[e finalmente, no envelope C:]

Vocês quatro devem, agora, unir novamente dois textos. Um dos textos tem um personagem masculino e, o outro, um personagem feminino, não é isso? Então, vocês vão fazer com que os dois se encontrem numa trama amorosa. Se vão ficar juntos, se o amor vai virar ódio ou se os dois serão apenas bons amigos no final, isso é com vocês. Para esta etapa, vale a mesma regra da etapa anterior, ou seja, podem acrescentar ideias, substituir, mas não podem jogar nada fora, de graça. E quando tudo estiver pronto, não se esqueçam de fazer uma cuidadosa revisão. Estou ansiosa para ver o resultado!


Enquanto o texto individual era produzido, fui lendo e orientando os projetos pedagógicos já elaborados.

É claro que foi uma atividade demorada, mas todos ficaram tão envolvidos e interessados em poder fazer o mesmo em suas respectivas salas de aula, que o tempo gasto foi bem aproveitado. O intervalo foi fragmentado, por isso: cada grupo interrompia o trabalho num ponto e depois continuava.

Depois de tudo pronto, ouvimos os textos produzidos e comentamos sobre o quanto cada qual ficou coeso. Houve também comentários sobre o grau de dificuldade que a atividade pode representar para a escola básica.

Os relógios já marcavam 11:30h, e encerramos a parte da manhã com uma atividade rápida, também para exercitar a coesão e a coerência. Cada qual recebeu a metade de uma frase. Depois, um a um, os que receberam as primeiras metades iniciavam a leitura oral de seu trecho e aguardavam que um colega o completasse. É claro que quem estava com as segundas metades é que enfrentava o desafio de saber onde se encaixar. Porém, como professores que somos, todos acertaram, e pudemos, a cada frase, destacar que elemento da primeira metade serviu de dica para a segunda. Vejamos um exemplo:

O prazer dos banquetes não está nos pratos, mas sim

nas pessoas que nos acompanham à mesa.


Foi bem divertido. Encerramos assim a parte da manhã e saímos para o almoço.




TARDE – UNIDADES 20 e 21

No início da tarde, retomamos o tema da unidade 20, enumerando as relações lógicas que costumam sustentar a coesão e a coerência nos textos.

Fizemos as atividades 6, 8, 11, 15, 17, 18 e 21, sempre comentando as possibilidades que elas ofereceriam quando usadas na escola básica.

Comentamos também a importância das atividades 18, 19, 22 para a educação básica.

Para finalizar essa unidade, realizamos uma atividade proposta pelo AAA 5, sobre o estabelecimento de coerência pelo uso de ideias absurdas. O texto base foi a música “Te ver” da banda Skank.

Ao encerrarmos a verificação dessa atividade, lembrei à turma que coesão e coerência serão temas sempre recorrentes em nossos próximos estudos.

Demos, então, início ao estudo da argumentação, na unidade 21. A turma ficou um momento relendo silenciosamente a unidade, para identifica ar mascas de argumentatividade que dão nome ao texto.

O conceito de tese foi exaustivamente discutido e partimos em seguida para a produção de um texto argumentativo.

O mote para esse texto foi a música “A força que nunca seca”, de Chico César e Vanessa da Mata (a letra e o vídeo estão postados em nosso blog: gestportafonsoclaudio.blogspot.com). Eu cantei a música e, simultaneamente, apresentei em slides uma sequência de fotos relacionadas à seca, à pobreza e à fome.

Finda a apresentação, às 15:30h, cada pessoa ou dupla elaborou um texto argumentativo. Quando já tinham começado a escrever, distribuí pequenas fichas de papel contendo um conectivo cada uma. Cada pessoa ou dupla deveria usar dois deles em seu texto (como exemplo de atividade a ser realizada na escola básica, é claro, uma vez que costumamos usar muitos outros conectivos além dos sugeridos).

Às 16:10h, ainda com algumas pessoas escrevendo, falei do que pretendo fazer com aquele texto no próximo encontro, e dos próximos temas. Em seguida fizemos a avaliação oral do dia e nos despedimos às 16:30h (no turno da tarde, combinamos de ficar sem intervalo para o lanche e sair um pouco mais cedo).

Um comentário:

  1. Magnífico Trabalho!
    Artista dos palcos, artisa da vida, artisa que faz da arte de educar a arte de viver!

    Afetuoso Abraço,
    Rosa Maria

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