terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Entre tantas... Histórias, Minhas Memórias.

Meu nome é Eliana


A minha história começou quando eu tinha 04 anos, com a vinda da minha avó para minha casa. Lembro que ela contava muitas histórias, entre o real e a fantasia. Ah! Esqueci de falar que ela perdeu a visão aos poucos, ela me distraia junto com uma amiga com deliciosas tardes na varanda contando histórias.


Era uma criança muito curiosa e devido ao meu aconchego com as letras já lia e com cinco anos fugi para escola com Andréia uma amiga de infância; não éramos matriculadas, mas na ingenuidade achávamos que as crianças menores já estudavam, porque a gente não? A equipe escolar nos recebeu muito bem com um olhar diferenciado. Isto me deixou três anos no primeiro ano, e fazia o dever de aula dos meus colegas, fato que anos depois aconteceu com a minha filha.
Era complicado ler na minha casa, porque meu pai acreditava que tínhamos que pilotar fogão e era proibido qualquer tipo de leitura, consegui uma lanterna e quando todas as lâmpadas se apagavam conseguia penetrar no mundo das histórias em quadrinhos. Na 5ª série quando a professora Rita pediu para comprar o livro O caso da borboleta Atíria meu pai recusou-se a comprar, mas minha mãe, ah ela era maravilhosa, comprou aquele livro e muito mais Um cadáver ouve rádio, Xisto no espaço, A serra dos dois meninos, Ubirajara, Iracema entre outros.
Na adolescência consegui ler na biblioteca da escola tantos livros que fui esquecida na escola. Li Polyana menina e Polyana moça como foi importante essa leitura!

No meu viajar dentro da leitura. Que maravilha quando começou O Sítio do Pica Pau amarelo e descobri que tinha muito mais em livro, na 5ª série conheço a professora Dilcéia uma pessoa que amei desde o 1º instante, ela lia para nós um pouco das aventuras das personagens do Monteiro Lobato, trazendo assim um pouco de luz e alegria para a minha vida.
Tudo que eu gostava era ler, uma grande alegria, inclusive romances de banca tipo Júlia, Sabrina e Bianca bem, Sidney Sheldon, Aghata Christie, Machado de Assis, Lima Barreto, Guimarães Rosa, Eça de Queiroz, Cecília Meireles e as literaturas psicografadas como Violetas na Janela e outras que foi muito importante quando meu filho Renan Leandro fez a passagem desta vida para um plano superior, o que me trouxe alegria neste momento de angústia foi saber que ele hoje está num lugar livre de qualquer dor, sendo um aliado de Deus preparando um lar especial para nós, acredito que se não fosse a leitura desse livro eu talvez não tivesse superado tão tamanha dor.

Adoro ler e leio tudo é um momento ímpar quando leio um livro e consigo viajar em outro mundo, distanciando de tudo que me envolve.

Ler e contar histórias são tão importantes que fico fascinada quando uma criança chega e pede mês livros emprestado, pois já leu todos que têm na biblioteca ficando sem opção, empresto então os livros e falo que são pequenos tesouros, guardados por toda a minha vida.
Hoje percebo que aquele contar histórias da minha avó, ajudou-me a trabalhar com as crianças com Necessidades Educativas Especiais, fico feliz ao ver a alegria deles ao ouvirem uma história, resgato a contar histórias que aprendi com a minha avó.

É saber que posso trabalhar com a transformação e a formação do sujeito, ser pessoa... E Cidadão.

Vitória16 de agosto de 2009

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